"Com as actividades de animação sócio cultural a ganharem cada vez sentido e razão de ser, elas conseguem aperfeiçoar-se ao longo dos tempos, acompanhando as necessidades de cada público.
Em cada instituição existe uma forma de viver, hábitos e rotinas que por vezes custam a modificar-se. Desde modo, há que ir ao encontro das vontades de cada idoso e realizar actividades que o possam satisfazer. É certo que nem sempre se consegue realizar uma actividade que agrade a todo o público interveniente mas, pode-se ir ao longo dos tempos criando condições para que as rotinas dos utentes de cada instituição sejam um pouco diferentes e melhores.
Em cada instituição existe uma forma de viver, hábitos e rotinas que por vezes custam a modificar-se. Desde modo, há que ir ao encontro das vontades de cada idoso e realizar actividades que o possam satisfazer. É certo que nem sempre se consegue realizar uma actividade que agrade a todo o público interveniente mas, pode-se ir ao longo dos tempos criando condições para que as rotinas dos utentes de cada instituição sejam um pouco diferentes e melhores.
Todo o tipo de actividades são necessárias mas, na minha opinião, aquelas que mais resultados benéficos geram são os convívios entre idosos de vários locais, de vários grupos sociais e de diferentes hábitos culturais. Por exemplo, um grupo de idosos de uma determinada freguesia ou concelho, consegue dar a conhecer a sua cultura, das suas gentes, costumes e tradições. Ainda existe muito a ideia de que, uma actividade de animação tem sempre de partir de exercícios de expressão plástica e de actividades que mantenham constantemente o idoso entretido. Ora bem, partindo deste raciocínio estamos a contribuir para uma ideia completamente errada do que é a animação sócio cultural na sua génese. Sendo esta ideia errada, é necessário contribuir para que a animação sócio cultural mude realmente os hábitos dos idosos e consiga gerar nos mesmos, novas vontades e gostos, aliados ao património cultural e social. O técnico de animação tem de tomar decisões, mas nunca deve esquecer a opinião dos idosos, os seus gostos, as suas vontades, etc. Qual é a maior vontade de um idoso com cerca de 70 a 80 anos de idade? Como é que este no seu tempo de jovem e adulto passava o seu tempo livre? De certo que não era a ver televisão ou a fazer colagens. Percebem a situação? Nós, técnicos de animação sócio cultural devemos proporcionar actividades aliadas ao convívio e ao conhecimento, que os possam impulsionar e motivar para encararem a ida para um centro de dia ou um lar de uma forma positiva e não negativa. Então, surge aqui a necessidade de trabalharmos para criar condições que gerem nos idosos motivações de participação em actividades de animação. Qual a melhor motivação para tal facto? O convívio com pessoas, colegas, amigos e familiares que não vejam já à algum tempo, ou que nunca tenham conhecido; o convívio com novas gentes, com outros hábitos culturais; o convívio entre pessoas que lhes consigam proporcionar uma conversa agradável, enfim, organizar actividades onde a interacção seja constante.
É pena que a maior parte das IPSS e outras instituições de apoio à população idosa não possua meios financeiros, materiais e humanos para possibilitar aos seus utentes a participação em actividades daqueles que temos vindo a tratar neste texto. Embora, talvez por um pouco de falta de hábito, e alguma resistência à mudança, por vezes a organização de actividades deste género acaba por “esbarrar” em planificações ou outros obstáculos burocráticos. Conforme tenho observado pelas actividades que tenho realizado no centro social do Pego, por vezes, têm mais fruto as actividades inter-institucionais, do que outra actividade de animação diária e interna à nossa instituição. O grau de satisfação e motivação é muito maior, quando nós recebemos utentes de outra instituição, a fim de desfrutarem de actividades em conjunto com outras pessoas idosas, nesses dias, os sorrisos duplicam-se, muitas tristezas se esquecem e aquelas horas que em certas alturas parecem ser dias, passam tão depressa que parecem tratar-se de minutos."
É pena que a maior parte das IPSS e outras instituições de apoio à população idosa não possua meios financeiros, materiais e humanos para possibilitar aos seus utentes a participação em actividades daqueles que temos vindo a tratar neste texto. Embora, talvez por um pouco de falta de hábito, e alguma resistência à mudança, por vezes a organização de actividades deste género acaba por “esbarrar” em planificações ou outros obstáculos burocráticos. Conforme tenho observado pelas actividades que tenho realizado no centro social do Pego, por vezes, têm mais fruto as actividades inter-institucionais, do que outra actividade de animação diária e interna à nossa instituição. O grau de satisfação e motivação é muito maior, quando nós recebemos utentes de outra instituição, a fim de desfrutarem de actividades em conjunto com outras pessoas idosas, nesses dias, os sorrisos duplicam-se, muitas tristezas se esquecem e aquelas horas que em certas alturas parecem ser dias, passam tão depressa que parecem tratar-se de minutos."
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