Os processos de sensibilização da comunidade, segundo Pérez Serrano, dividem-se em três etapas. São elas: a consciencialização, a informação/formação e a interpretação da história e da cultura.
A primeira etapa passa, essencialmente, pelo interesse das pessoas por algo significativo nas suas vidas. Isto é importante para que todos os membros da comunidade conheçam o seu meio envolvente.
A informação/formação tem como base conciliar todas as medidas necessárias para que seja possível ao indivíduo conhecer o que o rodeia. A pessoa mais informada é aquela que na hora de tomar decisões as toma mais conscientemente. Entende-se por formação toda a intervenção que procura produzir mudanças no comportamento e nos conhecimentos.
Por último, a interpretação da história e da cultura pretende que cada membro se identifique com a realidade presente na sua comunidade e que seja capaz de interpretar as estruturas sociais, económicas, culturais, políticas, sanitárias e ambientais que a compõem.
O idoso depois da reforma dispõe de mais tempo livre, tornando-se necessário “a formação para o usufruto do lazer, entendido na tripla perspectiva de tempo de descanso, de recreio, de enriquecimento cultural, de criação artística, de envolvimento cívico. Esta (…) perspectiva vem aumentar tanto as necessidades como as possibilidades de Educação de Adultos”.( Melo et al, 1998: 29)
Segundo Dias, cabe a cada membro da comunidade treinar as suas competências para aprender permanentemente com os outros, partilhando em simultâneo os seus conhecimentos e experiências de vida. Com este processo recíproco, poderemos alcançar os objectivos adjacentes à Educação de Adultos (plenitude da realização pessoal e participação plena da vida comunitária).
Posto isto, deve ser intenção do Animador, poder contribuir e intervir na qualidade de vida dos idosos para que o atingir de equilíbrios prazerosos de um doce envelhecer não sejam mais do que uma utopia.