As crianças são, de natureza, activas e movimentam-se através do jogo mais simples ou do mais complexo, obtendo desta forma um rápido amadurecimento do sistema nervoso, muscular, sensorial, e no aspecto social. O facto da criança realizar uma actividade física regular, permite-lhe prevenir ou combater problemas de saúde. Numa sociedade permanentemente invadida por mudanças (a modernização e o avanço tecnológico), que levam ao sedentarismo, verifica-se uma grande necessidade da realização de programas que promovam a actividade física, e que facilitem a prática do jogo.
Mas para a criança poder explorar verdadeiramente o jogo, tem de ter criadas todas as condições necessárias, que na perspectiva de Lança (2003: 42), são a segurança, a possibilidade de aumentar e explorar novas experiências e a percepção exacta dos objectivos.
Através da actividade física, a criança têm a possibilidade de criar, explorar o corpo, expressar-se, comunicar e de ter uma opinião crítica sobre a experiência realizada. Este tipo de experiências assume um papel profundo no processo de desenvolvimento e aprendizagem das capacidades motoras e físicas. A animação e a recreação associadas a este tipo de actividades facilitam o desenvolvimento da criança, e permitem-lhes aos mesmo tempo divertirem-se e conviverem.
Para Lança (2003: 43), o desporto de recreação que reúne aspectos lúdico desportivos possui uma função social fundamental, ensina a respeitar regras, compreende a simbologia e o sentido de propriedade, desenvolvendo e contribuindo nos campos: físico e motor; intelectual e cognitivo; afectivo; e social.
A prática desportiva para os jovens deixou de ser somente uma actividade de ocupação dos tempos livres, passando a ser uma forma de expressão cultural e de socialização nas quais será necessário compreender a renovação de princípios e os valores atribuídos à prática desportiva.