Técnicos Profissionais, Técnicos e Técnicos Superiores de Animação Sociocultural. Quais as suas funções?

Técnico Profissional de Animação Sociocultural - O exercício da actividade de Técnico Profissional de Animação Sociocultural insere-se no quadro das competências aos Organismos da Administração Central, Regional e Local ou outras instiuições públicas ou privadas e compreende um conjunto de funções , superiormente enquadradas, visando a intervenção junto de uma comunidade ou grupo tendo por instrumento técnicas de Animação Sociocultural e por objecto o desenvolvimento global e a integração pela via da actividade social e cultural dessa comunidade ou grupo.
O Técnico Profissonal de Animação Sociocultural deverá, por isso, ter formação adequada que lhe deverá ser conferida pela formação académica apropriada e pelas diversas acções de formação contínua que deve possuir.
Este técnico está capacitado para compreender e desenvolver actividades no domínio da Animação Sococultural, podendo mesmo vir a conceber e a concretizar pequenos projectos ainda que superiormente coordenados e integrados.
Técnico de Animação Sociocultural - O exercício da actividade de Técnico de Animação Sociocultural insere-se no quadro das competências aos Organismos da Administração Central, Regional e Local ou outras instiuições públicas ou privadas e compreende um conjunto de funções podendo estas serem superiormente enquadradas ou da responsabilidade directa do Técnico de Animação Sociocultural, visando a intervenção numa comunidade ou grupo através do desenvolvimento de programas e projectos de Animação Sociocultural, recorrendo para isso a técnicas e instrumentos adequados.

Pela sua formação, o Técnico de Animação Sociocultural possui ténicas de observação e diagnóstico da realidade em que intervém por forma a definir mais adequadamente os programas e projectos a desenvolver.

Este técnico é capaz de coordenar programas e projectos de Animação Sociocultural, articulando o trabalho de forma activa e integrada com as diversas áreas de intervenção e os diferentes agentes.

Técnico Superior de Animação e Gestão Sociocultural - O exercício da actividade de Técnico Superior de Animação e Gestão Sociocultural insere-se no quadro das competências aos Organismos da Administração Central, Regional e Local ou outras instiuições públicas ou privadas e compreende um conjunto de funções na definição de Planos e Programas de intervenção no domínio Sociocultural.

O Técnico Superior de Animação e Gestão Sociocultural domina as técnicas de análise da realidade definindo estratégias para a sua intervenção através dos recursos possiveís. Coordena equipas de Técnicos de Animação Sociocultural e/ou Técnicos Profissionais de Animação Sociocultural ou outros. Projectos de gestão tais como núcleos museológicos, equipamentos culturais e desportivos (teatros, cinemas, piscinas, complexos desportivos, etc) são da responsabilidade destes técnicos pois deverão possuir formação específica para o efeito.

Fonte: Ministério da Educação

JASC 2007 - Jornadas de Animação Sociocultural Cartaxo 2007

Foi aprovado, no dia 4 de Dezembro, pelo Sector de Desporto, Juventude e Tempos Livres da Câmara Municipal do Cartaxo, a realização do JASC 2007 - Jornadas de Animação Sociocultural Cartaxo 2007, e que se irá realizar no mês de Abril de 2007, ainda com data por definir, no Complexo Desportivo e Cultural da Quinta das Pratas - Cartaxo.

Este projecto pretende preencher uma lacuna evidente, no panorama regional e nacional em relação à realização de encontros e jornadas relacionAdas com a temática da Animação Sociocutural.

Assim que tiver mais informações relacionadas com este evento serão publicadas neste Blog.

Se tiverem alguma ideia ou dúvida pertinente em relação ao JASC 2007, contactem-me através do email: brunomoita10@gmail.com.

Aqui ficam as alguns pormenores do Projecto:


Denominação
JASC 2007 – Jornadas de Animação Sociocultural Cartaxo 2007


Concepção do projecto
Este projecto surge da necessidade de proporcionar locais de encontro, reflexão e divulgação para profissionais, estudantes e futuros estudantes das áreas da Animação. Sendo um espaço de debate e divulgação de projectos que relacionados com as diferentes áreas da Animação.

Público – Alvo
Profissionais da área da Animação Sociocultural, Animação Cultural, Animação Socioeducativa, Animação Desportiva e Animação Turística;
Estudantes de Ensino Superior dos Cursos de Animação Sociocultural, Animação Socioeducativa, Animação Desportiva, Animação Turística e Animação Cultural e Educação Comunitária;
Estudantes do Ensino Secundário ou Profissional dos Cursos de Animação Sociocultural, Animação Social e Acção Social;
Estudantes do Ensino Secundário;
Animadores Voluntários;
Profissionais envolvidos em projectos de animação.


Local da realização do projecto
Complexo Desportivo e Cultural da Quinta das Pratas - Cartaxo
Constituído por: dois campos de ténis, as piscinas municipais, um ringue de basketball e um de futebol, relva para as mais diversas actividades, um parque infantil, bem como a Casa Municipal da Juventude onde estão inseridos o Espaço Internet, o Cantinho do Jovem, bem como no mesmo edifício o Fórum, espaço polivalente para reuniões, acções de formação, etc.
Encontramos ainda no Complexo, o Centro de Promoção Vitivinícola, o Auditório Municipal e o Museu Rural e do Vinho.


Data de realização do projecto
O projecto realizar-se-á no decorrer no mês de Abril de 2007.


Objectivos
Clarificar e debater o papel e as funções do Animador Sociocultural, enquanto agentes privilegiados da Animação Sociocultural;
Promover o debate e a troca de experiências entre profissionais e voluntários das diferentes áreas de Animação;
Divulgar a Animação Sociocultural junto dos jovens, como uma das profissões do futuro;
Incentivar e divulgar projectos de Animação Sociocultural para o desenvolvimento Comunitário;
Estimular a criação de encontros e espaços de reflexão sobre a temática da Animação.

O Animador Sociocultural e o Animador Desportivo

O Animador Sociocultural

O animador é um técnico multifacetado, sendo a sua área de intervenção muito diversa. Neste sentido optou-se por definir o papel do animador sociocultural, no geral, para depois definir o papel do animador no contexto específico do Projecto - Jogos Escolares / CME 2006 - animador desportivo.
Assim como surgem variadíssimas definições de animação, também surgem muitas definições de animador, que apesar de diferentes na forma de definir, são muito idênticas na maneira de actuar.
Entre as múltiplas definições que existem sobre o animador sociocultural, Ander-Egg (1988), define-o como «… pessoa capaz de estimular a participação activa de gente e de insuflar um maior dinamismo sociocultural, tanto no individual como no colectivo».
O animador enquadra-se em quase todos os projectos sociais/culturais, fazendo parte do desenvolvimento comunitário, sendo um criador e um cauteloso provocador de vontades, capaz de se adequar aos diversos contextos sociais/institucionais e espaciais, em que se insere. O animador deve ser um agente de desenvolvimento dos indivíduos e grupos, onde a sua acção se caracteriza sobre uma escala de valores, princípios responsabilidades e técnicas profissionais que estão dirigidas a efectuar programas de actividades de interesses múltiplos (turísticos, de intercâmbios, culturais e sociais, ecológicos, artísticos manuais, intelectuais e desportivos).
É pois, uma pessoa capaz de estimular a participação activa de pessoas ou grupos, de proporcionar acessória técnica ao grupo ou comunidade, de promover o maior e melhor acesso à cultura, uma melhor educação.
Em suma o animador deve usar todos os métodos e técnicas para criar satisfação, bem-estar social e cultural na sociedade onde se insere.
Existem dois tipos de animador: o voluntário e o profissional, tendo tarefas como animador difusor, coordenador e monitor de grupo. E como refere Quintas/Sanchez (1999: 44), «O animador não nasce, faz-se».

O Animador Desportivo

O animador desenvolve programas de actividades de interesses múltiplos, no contexto específico do presente projecto, o animador desenvolveu um programa no âmbito da animação desportiva e tempos livres. Dai a pertinência da caracterização do animador desportivo.
Definir animador desportivo, tal com definir animador e animação, não é uma tarefa fácil. O facto de juntar, o desporto que, em algumas situações, ainda é visto como algo supérfluo e com pouca credibilidade, e a animação que, por vezes, surge associada a uma actividade desorganizada e com um carácter menos sério. Torna ainda mais difícil a tarefa de definir animador desportivo.
Um animador desportivo deve ser alguém que possua formação no âmbito da animação e no âmbito desportivo, sendo esse o resultado da interligação dos técnicas e metodologias de ambas áreas. Deve falar-se do animador desportivo como uma figura fulcral no âmbito desportivo e cultural, como um dinamizador, um moderador, um estimulador, que oferece diferentes opções de jogos e outras actividades e que equilibra as necessidades e possibilidades dos participantes.
O animador desportivo procura incutir nos participantes nos programas da animação o prazer pela actividade física, a recreação e o lazer, diferenciando-se do treinador desportivo por não impor regras, elevados aspectos técnicos e tácticos, exigir progressões rígidas, selectivas e elitistas.
Na perspectiva de Soria e Cañellas (1998: 64), acção do animador desportivo desenvolve-se em três vertentes:
Função de agente-modelo social;
Função relacional;
Função de técnico desportivo.

Considera-se o animador desportivo como agente-modelo social sempre que intervêm no âmbito social, melhorando e modificando as atitudes sociais. Mas para se atingir estes objectivos é necessário criar um espírito de interesse e prazer no grupo e pela actividade. O animador é uma fonte de exemplo social, estando sempre sobre observação, interpretação e avaliação.

Animação Desportivas nas Escolas

É conhecida a importância da instituição escolar no processo de aprendizagem de valores, da educação técnica, social e moral no indivíduo. Sendo que a disciplina de Educação Física, têm um papel fulcral na transmissão desses valores, uma vez que é dinamizada numa idade muito importante da definição da personalidade, criando desde cedo os hábitos desportivos, e é o sector desportivo que dinamiza mais actividades dirigidas à faixa etária dos 5 aos 16 anos.
A ligação entre as tradicionais aulas de Educação Física e a animação desportiva deverá ser feita de uma forma harmoniosa, servindo a segunda para complementar a primeira. Seguindo o exemplo do desporto escolar, verificamos que este surge como o resultado dos ensinamentos proporcionados pelo primeiro, mas sem a pressão da avaliação quantitativa, possibilitando ao participante uma actividade onde predomina o prazer e a recreação. Sendo que, o actual quadro do desporto escolar derivou para um clima mais próximo do treino desportivo, retirando-lhe a componente edonística original da animação desportiva.
Segundo Lima (1994), a animação desportiva nas instituições escolares (desde o 1º ciclo ao secundário) pode ser realizada em vários campos:
Actividades de animação desportiva escolar extraordinárias nos períodos de férias dos alunos, quer para finalizar os períodos escolares quer para dar continuidade às actividades realizadas durante as aulas;
Actividades regulares em que voluntariamente os alunos participam com alguma frequência;
Actividades mistas, que como o próprio nome indica, misturam as duas anteriores (ex. torneios inter-turmas, que decorrem, por vezes durante as aulas ou nos espaços livres).
No decorrer do programa curricular da Educação Física, devem cada vez mais surgir aproximações à animação, à educação e à recreação, utilizando características principais de todas. É importante a necessidade de programar actividades que abranjam todos os grupos dentro das escolas e todas as escolas do mesmo ciclo, com o intuito de estimular uma melhor e maior prática da actividade desportiva, oferecendo inúmeras alternativas à tradicional disciplina e conjugando todas as técnicas para que se consiga concretizar a abrangência pretendida.

Animação Desportivas nas Autarquias

Nos últimos anos têm surgido vários programas dinamizados pelas autarquias com o objectivo de favorecer e proporcionar uma prática desportiva de âmbito informal ou não formal aos seus munícipes, de modo a atingirem um segmento da sua população que não possui uma prática regular. As autarquias assumem um papel preponderante na dinamização e criação de projectos de animação desportiva que abranjam uma grande parte da população.
Para Constantino (1994: 92), o papel dos Municípios como agente democratizador e nivelador do acesso dos cidadãos ao uso do desporto, baseia-se em três pressupostos: valorizar o papel cultural do desporto junto do cidadão; diversificar as ofertas de condições para o adequado uso desportivo do tempo livre, designadamente para as camadas sociais com mais dificuldades de acessibilidade; colocar o cidadão no centro e na razão directa das próprias actividades, o que se supõe que seja considerado não apenas como consumidor, mas também como gestor e animador das próprias actividades em que participa.
Em relação às crianças e jovens em idade escolar as autarquias assumem um papel importante, facilitando o acesso à actividade desportiva num contexto extra-escolar (através da elaboração de projectos de animação desportiva) funcionando como um complemento à actividade escolar, ou proporcionando os meios que permitam as actividades desportivas em meio escolar.
Constantino (1994: 115) refere que «Face à organização do poder político em Portugal e à estruturação do aparelho de Estado, as Autarquias, como filamento terminal desse aparelho, são um local estratégico fundamental à adequada solução pública das necessidades de prática desportiva das crianças e jovens em idade escolar».
As autarquias, a nível nacional, têm nos últimos anos, apostado cada vez mais na elaboração e implementação de projectos de animação desportiva, surgindo um pouco por todo o país um grande número de projectos, por exemplo as «Farensíadas» (Faro), os «Jogos do Seixal» (Seixal), entre muitos outros. Estes projectos são direccionados a toda a população e visam proporcionar espaços de lazer e recreação.

JOGOS ESCOLARES / CME 2006 - Exemplo de um projecto de Animação Desportiva e Tempos Livres

Preâmbulo

O Quê? (Qual a natureza do projecto): Difusão do Complexo Desportivo e dos recursos naturais, prática de desportos, Ocupação dos tempos livres e Animação desportiva.

Porquê? (Origem e fundamentação): Surge na medida em que o concelho do Entroncamento é, provado estatisticamente, o concelho mais jovem do distrito de Santarém, e têm apostado nos últimos anos nas áreas da Cultura, Desporto e Juventude, com objectivos sociais e educativos. Este projecto pretende ser uma ligação entre as tradicionais aulas de Expressão e Educação Físico-Motora e as técnicas da Animação, promovendo cada vez mais fisicamente e socialmente as crianças do 1º Ciclo do Concelho do Entroncamento. Tendo para além, da componente física, as componentes sociais, educativas e culturais.

Para quê? (Objectivos/propósitos):

Promover nas crianças e jovens da cidade:
O interesse pelo património natural;
O interesse pela actividade desportiva;
O seu desenvolvimento físico e psicológico;
O convívio e o espirito de grupo;
A criação de laços e vínculos com a sua cidade.

Quanto? (Metas): Divulgação das infra-estruturas desportivas, criação de hábitos de prática desportiva, aumentar os índices de sociabilidade nas crianças.

Onde? (Localização): Parque do Bonito, Pavilhão Municipal, Campo do Bonito e Piscinas Municipais.

Como? (Actividades):
Torneio de mini-futebol;
Prova de Orientação/Peddy paper, com perguntas relacionadas com o concelho;
Mini- Prova de estafetas;
Jogos tradicionais;
Convívio final e entrega de lembranças.

Quando? (temporização): Fase de programação: Outubro e Novembro; Fase de Execução: Dezembro e Janeiro; Fase de Avaliação: Contínua

Para quem? (Público alvo): Crianças do 1º ciclo do concelho

Com quem? (Meios humanos disponíveis): Animador cultural e outros técnicos da C.M.E.

Com quê? (Recursos financeiros): A verificar


Descrição do Projecto

Objectivos Gerais
Dinamizar e Divulgar espaços Desportivos/Culturais e naturais, à população do Concelho do Entroncamento;
Sensibilizar a população para este tipo de infra-estruturas;
Objectivos Específicos
Os objectivos específicos deste projecto são:
Promover nas crianças e jovens da cidade o interesse pelo património natural;
Fomentar nos jovens e crianças da cidade o interesse pela actividade desportiva;
Desenvolvimento físico e psicológico das crianças e jovens;
Promover o convívio e o espirito de grupo entre os participantes nas actividades;
Aproximar as crianças e os jovens da sua cidade;
Promover espaços de lazer e natureza.

Denominação

Jogos Escolares / CME 2006

Logótipo
O logotipo representa a finalidade do projecto, que é colocar as crianças do concelho a jogar, e a terem momentos lúdicos e de lazer

Destinatários

Crianças do 1º Ciclo do Concelho do Entroncamento.
1.6. Modo de funcionamento
O projecto irá abranger as quatro escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico do concelho do Entroncamento. As turmas serão distribuídas por anos de escolaridade, e estarão presentes quatro ou cinco turmas por dia, nas actividades. (Ver calendarização por dias/turmas e escolas/turmas)

Plano diário

9.30
Apresentação dos jogos e dos objectivos ás crianças
Pavilhão Desportivo Municipal

10.00
Torneio de mini-futebol
Pavilhão Municipal

12.30
Hora de Almoço

14.00
Prova de Orientação/Peddy-paper, com perguntas e provas relacionadas com o concelho
Parque do Bonito, Pavilhão Desportivo Municipal, Campo do Bonito, Piscinas Municipais e Campos de Ténis.

15.00
Jogos tradicionais e Mini-Pova de estafetas (em simultâneo)
Parque do Bonito / Pavilhão Desportivo Municipal

16.00
Convívio final e entrega de lembranças
Parque do Bonito / Pavilhão Desportivo Municipal
Observação: No final das actividades será pedido aos alunos para que realizem, na escola, um desenho ou uma composição (a escolher pelo professor ou professora) em que transmitam o que passaram durante o dia dos jogos. Este material será para uma futura exposição e servirá como uma forma de avaliação do projecto.

Data de realização
Entre os dias 9 e 18 de Janeiro de 2006.

Locais de realização
Parque do Bonito
Pavilhão Municipal
Campo do Bonito
Piscinas Municipais
Campos de Ténis

Meios de divulgação

-» Envio de resumo do projecto para as Escolas e entrega da ficha de inscrição;
-» Reuniões com professores e professoras de 1º ciclo das escolas do concelho, em que serão transmitidos os objectivos dos jogos e o seu funcionamento.
-» Cartaz “Jogos Escolares / CME 2006”;
-» Folheto “Jogos Escolares / CME 2006”;
-» Jornais e rádio locais e regionais;
-» Convites endereçados aos encarregados de educação;
-» Divulgação no site oficial da Câmara Municipal do Entroncamento.

Apoios

Câmara Municipal do Entroncamento;
Escola Superior de Educação de Santarém.

Recursos Humanos

-» Bruno Alves (estagiário da Escola Superior de Educação);
-» Técnicos da C.M.E

Animação Desportiva e Tempos Livres - Breve Apresentação

A Animação Desportiva surgiu no seguimento da Animação Cultural, como resposta a uma maior procura de actividades desportivas e a uma política de segmentação de oferta de actividades e instalações desportivas. A Animação Desportiva enquadra-se na intervenção sociodesportiva, com o objectivo de promover e fomentar a participação social e a extensão da actividade como hábito de saúde, de formação e de diversão.

Nos últimos anos têm surgido vários programas dinamizados pelas autarquias com o objectivo de favorecer e proporcionar uma prática desportiva de âmbito informal ou não formal aos seus munícipes, de modo a atingirem um segmento da sua população que não possui uma prática regular. As autarquias assumem um papel preponderante na dinamização e criação de projectos de animação desportiva que abranjam uma grande parte da população.
No decorrer do programa curricular da Educação Física, devem cada vez mais surgir aproximações à animação, à educação e à recreação, utilizando características principais de todas. É importante a necessidade de programar actividades que abranjam todos os grupos dentro das escolas e todas as escolas do mesmo ciclo, com o intuito de estimular uma melhor e maior prática da actividade desportiva, oferecendo inúmeras alternativas à tradicional disciplina e conjugando todas as técnicas para que se consiga concretizar a abrangência pretendida.

Algumas definições de Animação Sociocultural

A definição de Animação Sociocultural não gera consenso, sendo entendida por vários autores de diversas maneiras, sendo que a principal diferença surge nas palavras e não nas ideias e aplicações práticas.
José María Quintana no Léxico do Animador (Ander-Egg, 1999: 70) refere que «a animação é um novo tipo de intervenção social, que tende a favorecer e desenvolver a comunicação, a socialização e a criatividade, através dos meios e uma linguagem que estimula a fantasia e o prazer de participar.»
Por sua vez, Riva, citado por Quintas/Castaño (1998: 34), entende a Animação como um «instrumento e um processo metodológico, conjunto de métodos e técnicas, para dinamizar a participação de grupos e sectores sociais, seu protagonismo no desenvolvimento social e cultural da comunidade».
A multiplicação e expansão da animação e dos animadores, corresponde a uma necessidade que cada vez mais se verifica na nossa sociedade, que intervindo nas mais diferentes áreas, contribuem para o desenvolvimento deste processo de emergente evolução social que fomenta o desenvolvimento psíquico, social, físico e cultural de um determinado grupo ou comunidade, criando e implementando projectos que vão ao encontro das necessidades pré-definidas pelo animador, enquanto agente de observação/acção face aos indivíduos e ao meio em que se encontra inserido.
Ander-Egg na obra de Quintana (1992: 175-176), Fundamentos de Animación Sociocultural refere que a animação sociocultural é uma prática tecnológica social, embora em alguns casos a prática da animação seja apenas uma técnica social.